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Iluminação LED

A iluminação representa em média, cerca de 14% do consumo global de energia numa habitação [1]. É um valor considerável, pelo que é essencial ter conhecimento de quais os critérios seleção considerar no momento da aquisição dos equipamentos ou da substituição da iluminação existente.

Na última década, registou-se um avanço nas soluções tecnológicas de iluminação, que juntamente com outras soluções podem apresentar significativas reduções no consumo de energia. Esta “revolução” tecnológica aconteceu sobretudo com o desenvolvimento da tecnologia LED (Light Emitting Diode), que veio beneficiar quer espaços interiores quer exteriores, incluindo a iluminação pública.

Aspetos a ter em conta na compra de um sistema de iluminação:

  1. Temperatura de cor (em Kelvin, K) – valor que determina se as fontes/lâmpadas produzem luz quente ou luz fria.
    Nem todos os espaços requerem o mesmo nível e tipo de luz, por isso, é importante ter em conta que, em ambientes mais descontraídos e de convívio, como na sala ou no quarto, a luz deve ser de cor mais baixa (luz quente com temperaturas entre os 2.700K e os 4.000K). Já em ambientes onde é necessária mais luz, como na cozinha ou na casa de banho, é necessária uma luz de cor mais elevada (luz fria com temperatura entre os 4.000K e os 5.000K).
  2. Índice de Restituição de Cor (IRC) – forma como os objetos surgem sob o efeito de uma luz branca. A escala deste parâmetro varia entre 0 e 100. Quanto mais elevado for o IRC, menor a distorção de cor de um objeto – uma fonte de luz com IRC superior a 80 é excelente para a reprodução da cor do objeto.
  3. Potência do equipamento (em Watt, W) – no caso das lâmpadas incandescentes, a potência pode variar entre os 40 W e os 60 W, e no caso dos LED, para obter a mesma quantidade de luz, é necessária uma potência entre os 4 W e os 6 W.
  4. Fluxo luminoso (em lúmen, lm) – permite identificar a quantidade de radiação emitida por uma fonte de luz, pelo que em geral quanto maior for este valor, maior poderá ser a potência. Contudo, nem sempre tal é verdade, dado que a energia pode ser dissipada na forma de calor.
  5. Rendimento (lm/W) – determina a quantidade de lúmen que uma determinada tecnologia emite por watt consumido (lm/w). É maior o rendimento quanto maior for o valor que resulta desta relação lm/W – mais luz com menos consumo de energia!
  6. Etiqueta energética – equipamentos com melhor classe energética são equipamentos mais eficientes e, por isso, devem ser privilegiados – escala varia entre A e G;
  7. Outros parâmetros presentes numa embalagem de uma lâmpada: Tempo de vida útil, classe de eficiência energética, fluxo luminoso, tipo de casquilho, dimensões da lâmpada, etiqueta energética e características elétricas.

Embalagem típica LED

Embalagem típica de uma lâmpada LED, com os principais parâmetros que permitem efetuar uma escolha informada:

led
  1. Potência e Potência equivalente em Watt [W]
  2. Temperatura de cor em Kelvin [ºK]
  3. Tempo de vida útil [h]
  4. Classe de eficiência Energética
  5. Tipo de Tecnologia
  6. Fluxo Luminoso em Lúmen [lm]
  7. Tipo de Casquilho
  8. Dimensões da lâmpada [mm]
  9. Etiqueta energética (A a G)
  10. Caraterísticas elétricas: tensão [V] e frequência [Hz]
  11. Tempo para obter a iluminação total da lâmpada
  12. Número de arranques
  13. Condições de Utilização
  14. Possibilidade de utilizar com regulador de fluxo

Quanto podemos poupar ao substituir lâmpadas incadescentes?

Considerando, por exemplo, um candeeiro com 8 lâmpadas incadescentes de 40W cada, com utilização de 2 horas por dia, o seu consumo médio anual corresponde a 39 €.

  • A substitução por lâmpadas de tecnologia de halogénio permite reduzir em 30% o consumo de energia, representando uma poupança de, cerca de, 12 €/ano.
  • A substituição por lâmpadas fluorescentes compactas permite reduzir em 80% o consumo de energia, representando uma poupança de, cerca de, 31 €/ano.
  • A substituição por lâmpadas LED permite reduzir em 90% o consumo de energia, representando uma poupança de, cerca de, 34 €/ano.

Com a substituição de lâmpadas incandescente por tecnologia LED, em 5 anos, poderá reduzir a sua fatura em 175 €.
Veja como pode reduzir os custos com a sua iluminação, experimente o simulador de iluminação CasA+.

Outras medidas a implementar

Privilegiar a iluminação natural em detrimento da iluminação artificial.
Sempre que possível abrir os estores e remover obstáculos que interfiram com e entrada da luz.

 

Amplificar a luz no interior.

Sempre que possível, utilizar cores claras (preferencialmente branco) nos tetos e paredes pois são estas cores que melhor refletem a luz.

Utilizar apenas os níveis de iluminação necessários e essenciais.

Desligar a iluminação dos espaços que não estão ocupados, e quando tiver mais do que um interruptor para ligar a luz, ligue apenas os estritamente necessários.

 

Escolher soluções de iluminação adequadas aos espaços a iluminar.

Ter em consideração o local onde se vai instalar a iluminação: espaço de lazer, trabalho/estudo, corredor, e em função das necessidades, avaliar se a conjugação entre o ponto de luz (lâmpada) e a luminária (estrutura onde o ponto de luz é incorporado) vai ao encontro do conforto visual e não provocam encandeamento.

Privilegiar equipamentos de iluminação com melhor classe energética.

Para uma compra mais eficiente, deve observar-se a etiqueta energética e optar pelos equipamentos de iluminação que apresentem uma melhor classe energética.

 

Regular a luz para os níveis necessários.

Há sistemas de iluminação que permitem a regulação do fluxo luminoso da luminária -a tecnologia LED é um exemplo. Esta tecnologia permite ajustar a luz para níveis de iluminação pretendidos, reduzindo assim os consumos de energia.

[1] Inquérito ao Consumidor de Energia no Setor Doméstico, do Instituto Nacional de Estatística (INE)

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